Biblioteca Freudiana de Curitiba
2025
EDITORIAL
Como explicar a alguém que na psicanálise nos deparamos com algo que aparece e que, quando dele nos aproximamos, não está mais ali? Até podemos dizer que está de alguma maneira, mas já não é mais o mesmo, mudou de forma. O real de nossa experiência não para quieto. E não é só pelo que as palavras não conseguem nomear, mas também o que as palavras produzem quando sua ambição de dizer fracassa. Não se pode pegar com a mão, escorre por entre os dedos.
Encontramos em uma sessão uma cena, um fragmento de memória que parece dizer exatamente o que somos, mas quando saímos da sessão e tentamos dizer o que era, já não é mais exatamente aquilo. Fica a certeza de um encontro com uma verdade, mas não exatamente sua forma ou enunciado exatos.
Nossa teoria se fundamenta numa práxis que não é nada simples, e que exige de cada um que se lança ao desafio de se dizer psicanalista um permanente questionamento sobre ela. Assim, nos propomos, no ano de 2025, caminhar guiados pelo tema da “Clínica Psicanalítica Hoje”.
Lacan afirmou que o analista é responsável por pensar a espiral que arrasta a sua época. Propomos pensar, então, quais são os efeitos que recolhemos na clínica desse momento. Não acreditamos em novos formatos clínicos, mas a forma de expressão do sofrimento será o mesmo de Freud e Lacan?
ATIVIDADES
A Transmissão da Psicanálise está longe de ser um discurso universitário, assim nos propomos a ter o maior número de interlocutores que nos permitam questionar e revisar a obra de Freud e Lacan e a práxis dela.
Iniciaremos o ano de 2024 com uma grande atividade presencial com a psicanalista Silvia Amigo, O Real Sexual Segregado. O apagamento da Diferença Sexual.
Acompanhe nossas atividades em nossa página do facebook: facebook.com/Biblioteca-Freudiana-de-Curitiba-240103156102433/